A dor que não saiu no jornal: história sobre os vice-campeões de 1950

Documentário sobre os vice-campeões de 1950 tenta anistiá-los da culpa pelo Maracanazo

Por Redação PLACAR 16/11/2013

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O time de 1950, no Maracanã, em 1987. Em pé: Barbosa, Augusto, Danilo, Juvenal, Bauer e Bigode; agachados: Friaça, Zizinho, Ademir, Jair, Chico e o massagista Mario Américo. / Crédito: 

Luigi Mamprim/Abril Imagens

“Viva aqueles que levaramca pior.” O poema do norte-americano Walt Whitman apresenta, assim, os depoimentos dos 11 atletas que entraram em campo no Maracanã na tarde mais triste do futebol brasileiro – a de 17 de julho de 1950. Eles estão reunidos no documentário Dossiê 50: Comício a favor dos náufragos, do jornalista Geneton Moraes Neto, que será exibido apenas na TV, no canal Globo News. São entrevistas — a maior parte delas apenas em áudio — colhidas entre maio de 1986 e setembro de 1987.

O time na final da Copa do Mundo de 1950 / Crédito: 

Popperfoto

“[O goleiro] Barbosa foi o primeiro que procurei”, diz o jornalista. “Mas ele se recusou a entrar no Maracanã para uma foto. Disse: ‘Lá dentro não’.” Todos inocentam Barbosa (pelos gols de Ghiggia) e Bigode [por um suposto tapa que teria tomado de Obdulio Varela — nenhum atleta disse ter visto o lance]. “O Bigode passou a vida negando isso”, diz Geneton.

Geneton, cabeludo, com Zizinho em uma das entrevistas / Crédito: 

Divulgação/Globonews

                                 Depois da final, boa parte do elenco brasileiro ficou amigo do uruguaio. Ghiggia, o último entrevistado, relata a noite da vitória no Rio de Janeiro. “O tesoureiro não estava mais com o grupo. Coletamos dinheiro entre a gente e comemoramos com pão e cerveja no hotel.”                                                                                                                                                                                                                                           Fonte:http://placar.abril.com.br