30/06/2013 12h18 - Atualizado em 30/06/2013 17h44
Atividades da empresa estão suspensas devido à liminar do TJ do Acre.
Eles percorreram, em carreata, avenidas da capital alagoana.
Divulgadores da empresa de marketing multinível Telexfree em Alagoas fizeram uma carreata, na manhã deste domingo (30), por ruas e avenidas de Maceió, para protestar contra a decisão do Tribunal de Justiça do Acre, que suspendeu os pagamentos e novas adesões à empresa por considerar o negócio crime contra a economia popular. Na ocasião, os manifestantes defenderam a legalidade da atividade e criticaram a cobertura da imprensa, que noticiou a decisão judicial.
Segundo o corretor Ricardo Farias, que trabalha como divulgador da Telexfree há um ano, muitas pessoas estão tendo prejuízo após a decisão da Justiça do Acre, porque alguns participantes suspenderam os pagamentos e novas adesões estão proibidas. Ele explicou que a Telexfree atua em Alagoas há 16 meses e que nunca houve problemas nesse período.
“As pessoas trabalham como divulgadores de um dos serviços que a empresa tem. Através de um site, nós aderimos a empresa como divulgadores independentes, ninguém tem autorização para representar a empresa. Todos recebem pelas postagens e existe um contrato anual. O que a empresa faz é uma remuneração pelo serviço que a pessoa presta”, explicou Farias.
Para o corretor, se a pessoa afirma que teve prejuízo é porque não cumpriu com o serviço básico que havia sido acordado em contrato. “É uma empresa que está trazendo novidade financeira para diversos profissionais e até aposentados que recebem mensalmente. Essa suspensão está trazendo prejuízo à população porque impede que o dinheiro circule", completou.
Segundo os divulgadores a estimativa é de que existem em Alagoas cerca de 12 mil investidores da Telexfree. Esse é o caso de Cícero José da Silva, que diz ter deixado o emprego na área de construção civil por causa do Telexfree. “Agora a empresa é minha única fonte de renda. Com o trabalho de divulgador estava conseguindo manter minha família, pagar escola dos meus filhos e plano de saúde. A empresa estava pagando a todos corretamente, mas com a suspensão não recebemos mais nada”, disse.
O também divulgador Luiz Henrique Ferreira disse que a decisão judicial não tem fundamento. Segundo ele, a alegação de que a empresa trabalha com o “ganho fácil” não é verídica. “Enquanto não for comprovado que existe ilegalidade, o serviço não poderia ser suspenso. Portanto, estamos protestando para que essa liminar da Justiça seja suspensa o quanto antes”, falou.
Entenda o caso
A Justiça suspendeu os pagamentos e a adesão de novos contratos à Telexfree, no dia 18 deste mês. A decisão da justiça do Acre, que é válida até o julgamento da ação principal, sob a pena de multa diária de R$ 500 mil, foi mantida no dia 24, quando o desembargador Samoel Evangelista, do Tribunal de Justiça do Acre (TJ/AC) indeferiu o pedido de revisão das sentenças impetrado pelos advogados da Telexfree.
Na sentença, a juíza Thaís Khalil, do TJ/AC, considerou que o modelo de negócio do Telexfree possui características de pirâmide financeira, procedimento que é ilegal no país. E que caso seja comprovado, não é preciso que alguém seja prejudicado para que o processo seja considerado crime.
A Justiça suspendeu os pagamentos e a adesão de novos contratos à Telexfree, no dia 18 deste mês. A decisão da justiça do Acre, que é válida até o julgamento da ação principal, sob a pena de multa diária de R$ 500 mil, foi mantida no dia 24, quando o desembargador Samoel Evangelista, do Tribunal de Justiça do Acre (TJ/AC) indeferiu o pedido de revisão das sentenças impetrado pelos advogados da Telexfree.
Na sentença, a juíza Thaís Khalil, do TJ/AC, considerou que o modelo de negócio do Telexfree possui características de pirâmide financeira, procedimento que é ilegal no país. E que caso seja comprovado, não é preciso que alguém seja prejudicado para que o processo seja considerado crime.
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