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sábado, 6 de dezembro de 2014

Delator da Operação Lava Jato é primo e sócio de fundador do PSDB







Augusto Ribeiro de Mendonça Neto e Marcos Mendonça presidente da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura.Augusto Ribeiro de Mendonça Neto e Marcos Mendonça presidente da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura.
O executivo da Toyo Setal Augusto Ribeiro de Mendonça Neto que delatou esquema na Petrobras, e que chega a afirmar que pagou suposta propina ao PT é primo de Marcos Mendonça, fundador do PSDB, tendo exercido a vereança em São Paulo de 1983 a 1994.
Assumiu a Presidência da Câmara Municipal em 1985/86. Suplente do Senador Mário Covas, foi Deputado Estadual de 1995 a 2002, foi convidado pelo Governador Mário Covas para assumir o cargo de Secretário da Cultura. Por essa razão exerceu o mandato de Deputado por poucos meses. Em 1999, Augusto Ribeiro de Mendonça e Marcos Mendonça foram alvo de denúncia sobre monopólio nas obras contratadas pela Pasta.
Mendonça foi destaque nos jornais por terem virado as mais novas peças-chave na Operação da Polícia Federal. Depois de Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, Mendonça é o responsável em delatar empresários corruptores. Ele foi o primeiro executivos que pediu um acordo de delação premiada à Justiça.

Esquema comandado pelos Mendonça em SP

Matéria extraída do CGN
Em 1999, coincidentemente, o repórter da Folha também citou em uma reportagem-denúncia os negócios de Mendonça Neto. À época, foi colocado em xeque a relação da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, então capitaneada pelo ex-deputado Marcos Mendonça (PSDB), com algumas empeiteiras. A suspeita era de formação de cartel (monopólio) para realizar as obras da Pasta. A empresa de Mendonça Neto, a PEM Engenharia, era sempre subcontratada para fazer as instalações hidráulicas e elétricas.
Augusto Mendonça, ao contrário de Duque, não recebeu da grande mídia um padrinho do nível de Dirceu, um cacique petista. Mas poderia ser associado Marcos Mendonça. O tucano foi deputado e atravessou como secretário de Cultura as gestões Mário Covas e Geraldo Alckmin em São Paulo. Hoje, Marco Mendonça preside a Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura.
Na reportagem de 1999, a Folha destacou que a “PEM tem como sócios dois primos e o secretário Marcos Mendonça: Roberto Mendonça e Augusto Mendonça”. E informou que embora fosse questionável do ponto de vista moral, a PEM doou R$ 100 mil para a campanha de Covas. “Mas é tudo legal”.
Processo que corria na 7ª Vara de Execuções Fiscais de São Paulo denota que a Setal Engenharia, Construções e Perfurações S.A. faz parte do grupo PEM Setal, dos sócios Roberto e Augusto Mendonça, e era alvo de execução fiscal no valor de R$ 20 milhões, em 2011.
Nos autos da apresentação de embargos declaratórios, consta que “As dívidas existentes do referido grupo econômico com o Fisco chegou ao estratosférico valor de mais de R$ 168 milhões, com notável concentração desse montante sobre a empresa ora executada nestes autos [Setal Engenharia], que, sozinha, deve quase R$ 160 milhões.”
A Pem Setal trabalhou, ainda assim, com a Petrobras na construção de plataformas.

Fonte:http://www.jornali9.com

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