Quando a família ocupa o lugar do Eterno em nossa vida.
Um dos destaques da edição 78 da revista IMPACTO é o décimo episódio da série “Preparando a família para a volta de Cristo”. Nesta edição, Pedro Arruda fala sobre o perigo quase invisível de, sob o pretexto de proteger nossos filhos, nós roubarmos deles o direito de encarar a missão que Deus lhes reservou. “Por excesso de zelo, estamos criando uma geração que não sabe lutar”, escreve Arruda, que é membro do conselho editorial da revista. Leia abaixo um pequeno trecho do artigo, que está completo na nova edição da revista IMPACTO:
A família compreendida dentro do plano de Deus ocupa um lugar tão privilegiado em seu propósito, tão nobre, que é preciso muito cuidado para que não nos inebriemos dela – como naquele conto da esposa que, tão encantada com a joia que recebera do marido, passou a dar mais atenção ao objeto do que ao cônjuge.
Na parábola dos talentos (Mt 15.25-28), há aquele que recebeu seu dinheiro e o enterrou. Esse servo não teve uma atitude desonesta. Pelo contrário, foi tão prudente que chegou às raias da covardia. Essa parábola pode perfeitamente ser aplicada aos chefes de família ao longo da história da salvação. Sempre houve aqueles que expuseram e expandiram sua família por amor ao reino de Deus e aqueles que a preservaram a todo custo, tornando-a inútil. Talvez, tenha sido com essa questão em mente que Paulo ensinou que o solteiro “preocupa-se com as coisas do Senhor”, enquanto o casado “preocupa-se com as coisas deste mundo, em como agradar à sua mulher, e está dividido” (1 Co 7.32,33).
Não podemos cair no mesmo erro sob a desculpa de proteger, guardar ou poupar nossa família. Jesus ensinou que perde a vida quem quer salvá-la, mas que quem perde a vida será salvo (Mc 8.35). Sobre a vida, também disse Henry Nouwen que ela “não é um bem a ser preservado, mas um dom a ser partilhado”. A relação entre a própria vida e a família é pertinente porque, de fato, ela é o que consideramos mais precioso.
Assim, se realmente queremos o bem de nossa família, não só para o momento presente, mas de forma sustentável ao longo dos anos, devemos submeter nossa boa vontade ao Senhor como aquele sábio que edifica sua casa sobre a rocha. Em vez de poupar nossos filhos e colocá-los numa redoma, devemos prepará-los para enfrentar a vida com fé, lutando a favor dos valores do reino de Deus ao qual pertencem.
Essa preparação deve ser em tempo real, aprendendo a conviver com outras crianças e sendo, desde cedo, testemunhas àquelas que são criadas sob orientação divergente à tradição cristã. Nossos filhos precisam aprender a ser seguros e a exercer influência para não serem influenciados, uma vez que não há neutralidade no campo de convivência.
Fonte:http://www.revistaimpacto.com.br/
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