MINHA SANTA IRMÃ
Existem comportamentos que são inaceitáveis.
Questiono-me porque reconhecer a vida santa de certas pessoas
somente quando já morreram e não estão entre nós?
Tomarei como exemplo uma pessoa fantástica que é a irmã Dulce.
Ela levou a sério as ordens divinas, lutou em defesa do
marginalizado pela sociedade; abandonou os desejos da juventude e os anelos
capitalistas para dedicar-se a uma causa “inútil” segundo os grupos
privilegiados.
Perdemos a oportunidade de abraçá-la, beija-la e dizer: “Você é
uma santa mulher de Deus”. Mas, depois de alguns anos da morte física da irmã
Dulce, há uma grande preocupação para torná-la “santa”. Como assim? A irmã
precisa de um reconhecimento de um líder religioso para torná-la santa? Que
absurdo!
Não foi para ser premiada com uma santidade pós-morte que ela
dedicou a sua vida. O capitalismo força a religião a entrar por essa porta
obscura. Pessoas que ouviram a voz de Deus e dedicaram à vida em pró dos menos
favorecidos, são usadas como produtos comerciais pelos sistemas religiosos. É o
mercado da fé!
Irmã Dulce não desejou ser homenageada após a sua morte, mas ajudada
em seus projetos acolhedores. Quantas coisas poderiam se feitas se muitos
devotos de agora estivessem ajudando quando ela precisou alimentar, vestir, curar
feridas e amparar o aflito.
Agora é fácil prostar-se diante de sua imagem e pedir uma graça.
Mostrando seu egoísmo e descompromisso com a causa defendida por ela. É
ignorância e falta de fé aquietar-se diante da imagem de irmã Dulce para pedir
uma graça, pois ela nos deu a maior de todas as graças-sua vida e o exemplo a
ser seguido, ouvir os necessitados e aflitos.
Se você realmente admirava e amava essa mulher
de Deus, faça o que ela mais deseja de você, ajude aos aflitos e necessitados. Os
bons exemplos não são para serem cultuados, mas para serem praticados.
Faça isso, o céu e a terra agradecem.
Fotos:Google
Autor:Roque da Mota
Redação,www.baixagrandeorgulhonosso.com
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