PLACAR avalia alguns nomes testados por Felipão neste ano
A vitória por 2 x 1 sobre o Chile, na última terça-feira, marcou o desfecho da temporada de jogos da seleção brasileira em 2013.
Felipão reestreou no comado da canarinho em fevereiro. Desde então, fez alguns testes e achou a poucas semanas da Copa das Confederações o seu time ideal, azeitado durante a competição, vencida sem contestações pelo Brasil. Hoje, o técnico gaúcho se gaba de ter um time sólido, forte no ataque e na defesa, e que passou a ostentar, de fato, o rótulo de favorita ao título mundial em 2014.
Diante desse cenário, PLACAR avalia os jogadores que mais pontos ganharam com Felipão a poucos meses da Copa 2014 e os que caíram de produção e que devem sair do mapa para o Mundial do próximo ano.
Em alta:
Jefferson (Botafogo): Peça-chave na ótima campanha do Botafogo no Brasileiro, se consolidou como reserva imediato de Júlio César. Não deve somar minutos na seleção antes da Copa, mas demonstra ter a confiança do Felipão.
Victor (Grêmio): Titular no início da 'Era Mano', caiu de produção até encontrar o Atlético-MG, onde foi campeão e herói do título da última Libertadores. Por conta disso, voltou a ser chamado para a seleção. Contra Honduras, mostrou a costumeira segurança. Está ligeiramente à frente de Diego Cavalieri na disputa pela vaga de terceiro goleiro.
Dante (Bayern de Munique-ALE): Com Mano Menezes no comando, Dante era apenas um sonho de alguns poucos torcedores brasileiros. Depois da tríplice coroa do Bayern na última temporada, sua presença na seleção brasileira passou a ser obrigatória. Se não tem o refino de Thiago Silva e David Luiz, dá conta do recado quando chamado. Fez, inclusive, gol contra a Itália na Copa das Confederações. Vai à Copa como reserva imediato da dupla de zaga titular.
Marquinhos (PSG-FRA): Aos 19 anos, ganhou a vaga de titular do PSG logo em sua segunda temporada no futebol europeu. Seguro, de ótimo posicionamento e competente na saída de bola, ganhou seus primeiros minutos na seleção contra Honduras. Disputa com Réver, Dedé e Henrique a quarta vaga entre os zagueiros.
Maicon (Roma-ITA): Era dado como carta fora do baralho após uma péssima temporada pelo Manchester City. Mas Maicon resolveu voltar para a Itália, onde viveu seus melhores momentos. Se estabeleceu na Roma, líder irreparável do Campeonato Italiano. Os ventos da Velha Bota transformaram Maicon, que voltou a apresentar o vigor de outrora. Contra Honduras e Chile, foi exemplar. Virou sombra para Daniel Alves, até então intocável na lateral direita da seleção.
Maxwell (PSG-FRA): É consenso que Marcelo não tem concorrentes na lateral esquerda da seleção. Mas o jogador do Real Madrid ganhou um competente reserva. Operário, forte na defesa e eficiente nas subidas ao ataque, Maxwell precisou de quatro amistosos para dissipar os nomes de Filipe Luis, do Atlético de Madri, e Adriano, do Barcelona, que vinham sendo chamados com certa frequência. Se seguir bem no PSG, Maxwell terá a camisa 16 na Copa de 2014.
Ramires (Chelsea-ING): Preterido da Copa das Confederações por não ter se apresentado a um amistoso com a seleção, Ramires recebeu a 'anistia' e Felipão após o torneio. Como era esperado, Ramires abusou da desenvoltura em seu retorno ao time nacional, ainda que na reserva de Luiz Gustavo e Paulinho. Por sua versatilidade, já que pode jogar de volante, meia aberto pela direita e até na lateral, Ramires é imprescindível no atual time de Felipão.
William (Chelsea): William já vinha muito bem desde os tempos de Shakhtar, mas o bom futebol apresentado na 'periferia' do futebol europeu parecia não apetecer Felipão. Foi só o ex-corintiano mudar-se do Anzhi para o Chelsea que as portas da seleção se abriram. Contra Honduras, entrou em campo e logo balançou as redes, aproveitando jogada de Hulk. Já diante do Chile, entrou no segundo tempo e esbanjou disposição, marcando a saída de bola rival e participando ativamente das triangulações com Neymar e Robinho. Deve ganhar mais chances nos amistosos do primeiro semestre de 2014 para cavar seu lugar no grupo.
Bernard (Shakhtar Donetsk-UCR): Com 'alegria nas pernas', como cunhou Felipão durante a Copa das Confederações, Bernard virou uma espécie de 'talismã' da seleção. Mesmo o fato de atuar no Shakhtar não deve afastá-lo dos planos de Felipão, cada vez mais cativado pela disposição do ex-atleticano.
Robinho (Milan-ITA): Foi a grande surpresa da lista para os amistosos ante Honduras e Chile. Afinal, não era lembrado desde agosto de 2012. Mas Robinho resplandeceu em um jogo entre Milan e Barcelona, quando desequilibrou para o time italiano. Ali, voltava a ser manchete. Na expectativa de encontrar um 'falso 9' mais flexível, Felipão testou Robinho nos compromissos na América do Norte. E não se frustou. Contra o Chile, o ex-santista fez o gol da vitória e, por pouco, não anotou um gol de placa, ao chapelar um zagueiro e disparar caprichosamente rente à trave. Quando menos se esperava, Robinho cresceu, e tem grandes chances de disputar a sua terceira Copa.
Hulk (Zenit-RUS): Ainda contestado, Hulk fechou 2013 em grande estilo: marcou contra Honduras e Chile. Dono de um dos chutes mais fortes do futebol mundial, Hulk não só ataca, como marca ferrenhamente a saída de bola rival, algo que, para Felipão, é essencial. Contra todas as críticas, o abnegado Hulk será, sim, o titular da seleção na Copa de 2014.
Em baixa:
Diego Cavalieri (Fluminense): Até a Copa das Confederações, nadava de braçadas na preferência de Felipão entre os três goleiros da seleção, mas a péssima fase do Fluminense influenciou diretamente do desempenho de Cavalieri. Tem grandes chances de ainda ser testado, mas ganhou em Victor, do Galo, um concorrente de peso.
Réver (Atlético-MG): Foi o pilar da defesa do Atlético-MG na campanha da Libertadores-2013. Merecidamente, ganhou um lugar entre os 23 que disputaram a Copa das Confederações. Mas as lesões e o crescimento de jogadores como Dedé e Marquinhos deixaram Réver no esquecimento. Dificilmente estará no Mundial.
Jean (Fluminense): Volante de origem, Jean foi convocado para a Copa das Confederações como reserva de Daniel Alves na lateral direita. Sequer foi aproveitado durante o torneio. Com o ressurgimento de Maicon na Roma, Jean foi 'limado' das listas de Felipão. Só por uma tragédia voltaria a ser chamado.
Filipe Luis (Atlético de Madri-ESP): Apesar da boa fase no Atlético de Madri, foi apático com a camisa da seleção. Se não comprometeu na defesa, foi pouco ativo no ataque. A timidez de Filipe Luiz pela seleção fez Felipão optar por Maxwell.
Fernando (Shakhtar Donetsk-UCR): Em março, pouco antes da Copa das Confederações, ganhou uma oportunidade como titular em amistoso contra a Itália. Agradou. Mas a transferência para o Shakhtar e o consequente 'sumiço' deporam contra Fernando, que perdeu o 'bonde' para Luiz Gustavo e Lucas Leiva.
Jadson (São Paulo): Jadson é aposta para o meio-campo da seleção desde os tempos de Mano Menezes, mas nunca vingou, efetivamente. Na Copa das Confederações, entrou nos minutos finais do duelo ante a Espanha, com o jogo já decidido. Reserva no São Paulo, não voltará tão cedo à seleção.
Lucas (PSG-FRA): Credenciais para ser um grande não jogador não faltam a Lucas: veloz, driblador e com margem para evolução. Esses predicados, no entanto, ainda não o ajudaram na seleção e no PSG. A reserva no clube francês tirou de Lucas um lugar que era praticamente cativo na seleção. Para piorar, o jovem meia viu ainda Robinho e William ganharem peso nos amistosos contra Honduras e Chile. Para voltar a ser lembrado, Lucas deverá se sobressair no PSG, time em que Ibrahimovic, Cavani e Lavezzi são intocáveis. Parece difícil, mas Lucas ainda tem grandes possibilidades de integrar a lista final da Copa de 2014.
Alexandre Pato (Corinthians): Há quatro anos, Pato era tido como o atacante ideal da seleção brasileira para a Copa de 2014. A aposta, no entanto, não foi tão certeira. Em janeiro deste ano, fechou com o Corinthians para se aproximar da seleção brasileira. Assim foi feito. Convocado por Felipão, fez pouco contra Austrália, Portugal e Zâmbia. Pelo Timão, ainda não justificou o dinheiro investido. Em pouco mais de cinco meses, Pato não deve se transformar no 'cara' para 2014.
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