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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

MACAJUBA TEM O 10º PIOR IDH DA BAHIA



    Semana passada, a ONU (Organização das Nações Unidas), através da PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), divulgou o “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013”, que é uma plataforma de consulta ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM – de 5.565 municípios brasileiros, com dados extraídos dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010.

De acordo com os estudos da ONU, Macajuba aparece na 408ª posição dentre os 417 municípios baianos, com um índice de 0,524 (em uma escala que vai de 0 a 1). Nacionalmente, esse índice coloca o município na 5439ª posição dentre os 5565 municípios brasileiros.

Essa é a terceira vez que a ONU divulga esse índice. Nas pesquisas anteriores o município esteve melhor colocado no ranking baiano, mesmo possuindo notas inferiores a desse ano. Em 1991, primeiro ano do estudo, Macajuba ocupou a 329ª posição, com um IDH de 0,247. Já no ano 2000, o município figurou na 348ª posição, com um IDH de 0,374. Sendo assim, conclui-se que o município se desenvolveu, no entanto não conseguiu acompanhar o desenvolvimento médio dos outros municípios do estado. Por isso, mesmo melhorando o seu IDH Macajuba ficou tão mal colocada nos rankings estadual e nacional.

Alguns pontos chamam a atenção nesses estudos. Por exemplo, dentre os critérios analisados (Renda, Expectativa de Vida e Educação) pela ONU o índice que mais evoluiu no município foi a Educação, que em 1991 possuía uma nota de 0,068, passando para 0,180 em 2000 e 0,358 em 2010. Essa evolução na Educação refletiu-se no número de analfabetos no município que passou de 59,3% para 35,1% em aproximadamente 20 anos.

Outro número que chama a atenção é o percentual de crianças com 5 e 6 anos frequentando a escola. Segundo a ONU, Em 1991, pouco mais de 20% das crianças nessa faixa etária frequentavam a escola, avançando para 72% em 2000 e para 96% em 2010. Esse é um avanço considerável, que foi motivado, principalmente, pela criação de programas federais como o FUNDEB.

Mas, se compararmos os índices municipais com os nacionais, a Educação, apesar de ter sido o que mais avançou no município, ainda continua sendo o setor mais defasado, tendo em vista que a média nacional é de 0,637, enquanto que o município ainda encontra-se com um índice de 0,358. Vale ressaltar que a Educação consome quase 50% do orçamento municipal e a previsão orçamentária para esse ano, por exemplo, é de mais de R$ 10 milhões.

Nesses últimos 20 anos destaca-se, também, a melhoria na Saúde, refletida na redução de índices importantes como a Mortalidade Infantil, que era de 7,6% em 1991 e em 2010 foi de 2,2%. E a expectativa de vida do macajubense, que passou de 58,4 anos em 1991 para 71,8 em 2010.

Em relação a renda, o estudo demonstra que apesar da renda per capita do município ter aumentado, passando de R$ 94,87 para R$ 197,25 nos últimos 20 anos, a desigualdade social aumentou. O índice Gini (clique aqui para saber mais sobre esse índice) passou de 0,45 em 1991 para 0,55 em 2010, isso quer dizer que há uma maior concentração de renda no município.

Outro reflexo das ações do Governo Federal diz respeito ao número de pessoas que vivem em extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010) no município. Em 1991, mais de 83% da população macajubense era considerada pobre. Em 2000, houve uma redução, mas pouco significativa, já que esse número caiu para 73%. Após a criação dos programas sociais do Governo Federal, especialmente o Bolsa Família, o números de pobres no município caiu para 54%. Ainda é um número bastante elevado, mas se comparado há 20 anos atrás o índice já é aproximadamente 30% menor.

Por fim, outros indicadores importantes, abordados pelo levantamento da ONU, foram:

População em domicílios com água encanada - em 1991 = 27,14%, em 2000 = 29,01% e em 2010 = 63,93%.
População em domicílios com energia elétrica – em 1991= 46,10%, em 2000 = 60,31% e em 2010 = 85,33%.
População em domicílios com coleta de lixo (Somente para população urbana) – em 1991 = 76,54%, em 2000 = 98,22% e em 2010 = 99,53%.
Taxa de desemprego – em 2000 = 12,13% e em 2010 = 12,07%.

Após ler essa matéria você deve está se perguntando: “E de quem é a culpa?”. A culpa é nossa. Nós macajubenses que elegemos políticos descomprometidos com o município, que não percebem as demandas da população e não atende a seus anseios e as suas necessidade básicas. É verdade que o IDH do município mais do que dobrou nos últimos 20 anos, mas muito em decorrências dos programas criados pelo Governo Federal e não pelo desempenho dos nossos gestores nesse período. Atualmente, Macajuba está abaixo da média estadual, que é de 0,66, e bem abaixo da média nacional, que é de 0,72.

Por isso, caros leitores, é importante que os políticos e as entidades de classe repensem a política que vem sendo praticada em nosso município. As soluções existem, mas precisam ser pensadas e aplicadas com efetividade. Só assim, o Macajuba sairá dessa incomoda 408º posição.
                        

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