Shakira, Ivete Sangalo e Santana são destaques na despedida da Copa no Maracanã
Festa: Wyclef Jean, Shakira (com Milan no colo), Alexandre Pires, Ivete Sangalo e Carlinhos Brown dão adeus à Copa - Cezar Loureiro
RIO - Sem exoesqueletos ou telões de definição indefinível, a festa de encerramento da Copa do Mundo, na tarde deste domingo, no Maracanã, conseguiu, em sua simplicidade, superar em muito a abertura, um mês atrás, no Itaquerão, em São Paulo. O samba, ausente daquela cerimônia, agora deu o tom, com a bateria da Acadêmicos do Grande Rio, do mestre Thiago Diogo, embalando praticamente todos os 18 minutos da celebração.
Além da batida — misturada ao som em playback de cordas e teclados —, o espírito das escolas de samba norteou a cerimônia. Quatro bonecos simbolizando sentimentos ligados ao futebol foram cercados por trinta casais de mestre-sala e porta-bandeira, cada um com o pavilhão de uma nação presente à Copa. Os casais dançavam sobre um tapete que formava a bandeira do Brasil, no gramado. Faltavam as duas nações finalistas, e elas vieram representadas por dois atores-jogadores uniformizados, que cortejavam a porta-bandeira Verônica Lima, vestida de dourado, como a almejada taça do Mundial. Enquanto ela dançava, os dois faziam malabarismos com a bola.
Encerrada essa abertura — simplesinha, porém honesta e de bom gosto —, a batida funkeada de “Dare (la la la)”, com Carlinhos Brown, seu smoking e seu cocar em preto e branco (estaria ele torcendo pela Alemanha?), deram início ao show musical. No primeiro “lalalala” da música, Shakira, com um vestido vermelho de franjas, começou a cantar (não parecia ser playback), enquanto esmurrava um tambor. A estrela colombiana mostrou o ritmo e o carisma de sempre, em uma canção adequada a uma final (“Ouse”), que ela cantou com a letra, originalmente romântica, adaptada para o desafio do Maracanã.
Shakira e Brown entregaram o bastão a Wyclef Jean, Carlos Santana e Alexandre Pires, encarregados de “Dar um jeito”, o hino oficial da Copa. O cantor haitiano (com uma guitarra nas cores da bandeira de seu país) e o guitarrista mexicano (vestido de chapéu e sobretudo, apesar do sol e do dia apenas fresco do inverno carioca) dominaram as ações, deixando algo apagados o mineiro Alexandre Pires e seu terno cinza (nada musical, nada esportivo). Se o instrumento de Wyclef não parecia muito audível, a guitarra de Santana (ufa!) veio em alto e bom som, ainda que rapidamente, com a fluidez de sempre.
Para o bloco final, Alexandre Pires puxou o clássico “O campeão” (“Domingo, eu vou ao Maracanã”), com a bateria da Grande Rio, de 100 ritmistas, novamente responsável pela batida, e estendeu o tapete vermelho para Ivete Sangalo. De vestido verde, a baiana surgiu de mãos dadas com o mascote Fuleco e desfilou alguns de seus sucessos, sempre entoados pela torcida no Maracanã, como “Festa” e “Sorte grande (poeira)”. O show terminou com todos sobre o palco, bailarinos pulando e Shakira com o pequeno Milan, de um ano e meio, no colo. Sem padrão hollywoodiano, uma festa brasileira para o mundo.
Fonte:http://oglobo.globo.com/
0 comentários:
Postar um comentário