Publicado em 23 de setembro de 2013 |
por Miriam Romaneli
Em um país em que as meninas são
desencorajadas a continuarem seus estudos, devido tanto às crenças
tradicionais a respeito do papel ideal das mulheres na sociedade quanto
ao custo da manutenção da educação, uma menina de apenas 13 anos já se
formou no ensino superior e está rumo ao mestrado.
Sushma Verma, ao contrário da maioria
dos estudantes universitários da Índia, não é originária da classe alta
do país. A renda diária de seu pai gira em torno de 200 rúpias, o
equivalente a cerca de sete reais. As posses mais valiosas de sua casa
são uma mesa de estudos e um computador de segunda mão.
Ela foi a criança mais jovem da Índia a
concluir o Ensino Médio, aos sete anos, e agora, aos treze, já terminou a
faculdade. Seu sonho, originalmente, era o de cursar medicina, mas,
como ela não poderá fazê-lo antes dos dezoito anos, rumou ao mestrado, e
posteriormente, doutorado.
Foi um esforço de seu pai, que vendeu
seu único pedaço de terra (valendo perto de 800 reais) para que ela
pudesse pagar parte de seus estudos, que permitiu que ela chegasse aonde
está. Ela, aliás, não foi a única de sua família, cujos pai e mãe não
possuem formação alguma, a avançar na carreira acadêmica: seu irmão mais
velho terminou seu segundo grau aos nove anos, e se um dos mais novos
engenheiros de computação da Índia, aos quatorze anos.
Casos como o de Sushma e de seu irmão
mostram que, mesmo que o meio afunile drasticamente as chances de uma
criança pobre em um país subdesenvolvido, não cabe a visão determinista
de que ela vá, necessariamente, falhar.
Fonte: http://literatortura.com
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