No meio de tanto frisson com o resgate
dos beagles do Instituto Royal, a discussão sobre como testar os
cosméticos vem ganhando muita força. Se um lado defende os animais e se
força a lembrar o básico: que eles sentem dor, fome, medo etc., o outro
continua condescendente e hesitante em pensar numa forma de usar
produtos que não sejam testados previamente de forma “confiável”.
Dito isto, ações como as da marca Lush
reganham força e fôlego. A proposta desta empresa de cosméticos foi
fazer uma vitrine humana, em que uma modelo sofreria as mesmas situações
impostas aos animais nos testes. As imagens são chocantes e, mesmo
sabendo que não há sofrimento para a modelo, enquanto os animais são
mutilados e morrem de pouquinho em pouquinho, é impossível não refletir.
Meu reflexo ao ver as imagens foi
pensar: “Será que nós somos tão pouco inteligentes assim que não
conseguimos pensar em outra forma de testar cosméticos que não em seres
indefesos e de forma tão cruel?”. A resposta não é minha para dar. Mas
não é uma discussão em que manter-se firme em sua opinião garante a
solução. Pelo contrário: os beagles, a Lush, as ONGs e tudo mais, só
deixam claro o quanto este assunto vem sendo negligenciado ultimamente.
Autora: Cecilia Garcia Formada em Linguística e Letras pela UNICAMP, estuda adaptações de livros para o cinema
Fonte:Literatortura
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