Baixa Grande, Orgulho Nosso

Seguir Roque da Mota

OBRIGADO!,VOCÊ É O VISITANTE Nº

segunda-feira, 24 de março de 2014

Chapada: Professores de Itaetê param e usam a tribuna da Câmara para reivindicar direitos








capa
Aderindo à greve nacional, o Sindicato dos Servidores Municipais de Itaetê também parou nos dias 17, 18 e 19 de março | FOTO: Divulgação |
Com o tema “o voto da educação vale muito”, o Sindicato dos Servidores Municipais de Itaetê (Sindismi) aderiu à paralisação nacional realizada nos dias 17, 18 e 19 de março, organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). O objetivo da paralisação, segundo a presidente do Sindismi, a professora Odalva Alves Pedreira, foi chamar a atenção dos gestores públicos para uma melhor valorização da educação brasileira e cobrar da Câmara de Deputados, em Brasília, a aprovação do projeto de lei que cria o Plano Nacional de Educação (PNE), que amplia progressivamente o investimento público em educação até atingir, em 10 anos, a meta de 10% do Produto Interno Bruto (PIB).
“Itaetê está de mãos dadas com a nação brasileira, com os profissionais da educação, para que os governantes nos ouçam, nos enxerguem e de fato entendam a necessidade urgente na melhoria da nossa educação”, pontua a líder sindical, ressaltando que os profissionais de educação de Itaetê aderiram à greve nacional de forma pacífica e por direitos concedidos pela Constituição Federal.
“Não estamos reivindicando só o nosso reajuste salarial, reivindicamos também o direito de nossos filhos, para que eles recebam uma educação de qualidade, com os avanços estruturais, tecnológicos e sociais que merecemos. Estamos participando da greve para que nossa cidade, no âmbito educacional, seja beneficiada com mais recursos e prioridade. Afinal, se há realmente educação de qualidade, teremos pessoas entendidas, formadas, críticas e, acima de tudo, pessoas que saberão respeitar o outro”, destaca a presidente Odalva Alves Pedreira.
Detalhes da paralisação
Durante os três dias de paralisação, os profissionais da educação de Itaetê se mobilizaram e chamaram a atenção da população para a situação da educação tanto local, quanto nacional. No dia 17, por exemplo, aconteceu uma passeata onde os profissionais informaram à sociedade as razões da paralisação. A passeata saiu da sede do sindicato, na Rua Mauá, às 8h, e percorreu as principais ruas da cidade. Às 18h, os professores participaram da sessão da Câmara Municipal de Vereadores e, na oportunidade, a presidente do Sindismi, Odalva Pedreira, usou a tribuna da Casa Legislativa e falou da importância da greve nacional e da importância do apoio dos vereadores de Itaetê na luta da classe.
“Sabemos que as sociedades mais desenvolvidas economicamente são também as que fazem maior investimento em educação. Em pesquisa envolvendo 39 países, o Brasil ficou somente na frente da Indonésia (Ásia). O país que atingiu o topo do ranking foi a Finlândia, seguido da Coreia do Sul, China, Japão e Singapura. Por isso, já está comprovado que um país rico se faz com investimentos em educação”, afirma a líder sindical em seu discurso na Câmara.
Ainda durante sua fala, a líder do sindicato dos profissionais de educação de Itaetê informou que no Brasil, apesar das leis que atendem especificamente a educação e do grande crescimento em sua receita, ainda existe uma sociedade de privilégios, de autoritarismos e descumprimento da Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB).
“Assim, por tão pouco investimento na área da educação, os profissionais nela inseridos param suas atividades e em greve nacional levam às diferentes autoridades suas reivindicações, tendo sido este o primeiro dia de manifestações públicas, unindo assim as vozes, muitas delas cansadas pelo cumprimento de seu ofício. Gostaria lembrá-los, já que é de vossa ciência, e informar a toda sociedade o direito de greve aos trabalhadores brasileiros, aos trabalhadores efetivos e aos contratados, todos sem exceção têm o mesmo direito, sem que haja prejuízo de qualquer natureza”, completa a sindicalista.
greve itaete
Passeata pelas ruas da cidade contou com a presença de alunos, professores e pais de alunos preocupados com a atuação situação em Itaetê | FOTO: Divulgação |
No ensejo, a professora Odalva Alves Pedreira solicitou dos vereadores um olhar cuidadoso e responsável para com a educação de Itaetê. “Convido ainda os digníssimos edis para um olhar cuidadoso e responsável para com a educação de Itaetê, a qual parece retroagir, já que os digníssimos senhores têm a atuação direta ao votar os projetos de lei a esta Casa enviados”.
Cumprimento das leis
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Itaetê também reivindicou do município o cumprimento da Constituição Federal, e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). “Peço à Casa Legislativa que, caso ainda não tenha o projeto de lei para o reajuste salarial dos professores referente ao piso nacional, que deveria já ter sido votado, que fiscalizem o porquê do atraso, já que a categoria está em prejuízo e tal prejuízo deva ser ressarcido”, cobra a presidente do sindicato.
A presidente do Sindismi pediu aos vereadores também a observância das leis, já que a categoria está reformulando o Plano de Cargos e Salários do Magistério e alertou para a necessidade de reformulação do Estatuto do Servidor Público Municipal. Vale salientar que, ao usar a palavra, os vereadores da Casa Legislativa demonstraram apoio aos profissionais de educação.
Durante os três dias de paralisação, os profissionais de educação de Itaetê se reuniram no Centro Paroquial onde discutiram e analisaram o Plano de Cargos e Salários (Magistério) dos Profissionais de Educação de Itaetê e as principais reivindicações da categoria. Destaque para o cumprimento da Lei 11.738/08, a chamada Lei do Piso, Carreira e Jornada, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), tendo em vista que a legislação ainda não é respeitada por alguns estados e municípios brasileiros, o que inclui a hora-atividade, que deve representar no mínimo um terço da jornada de trabalho do professor.
Os professores ainda cobram o investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria, pois a Lei dos Royalties obriga o governo federal, estados e municípios a aplicarem esses recursos, obtidos como compensação ao Poder Público pela produção de petróleo, em duas áreas específicas: 75% para a educação e 25% para a saúde; Votação imediata do Plano Nacional de Educação (PNE) que estabelece metas para a educação a serem cumpridas em um período de dez anos.
Entre as diretrizes, estão a erradicação do analfabetismo e a universalização do atendimento escolar. O projeto tramita no Congresso Nacional há três anos e sofre críticas pela demora. Já foi aprovado pela Câmara e pelo Senado e agora volta à apreciação dos deputados. Nesta etapa, os deputados vão analisar apenas as modificações feitas no Senado Federal, ao todo, 78. A cada ponto, eles deverão escolher entre a redação já aprovada pela Casa ou optar pelas mudanças feitas no Senado. Não cabem emendas. O assunto voltou a ser discutido pelos deputados em março deste ano, e a expectativa é de que o texto seja aprovado ainda no primeiro semestre. Entre as modificações que geram polêmica está a Meta 20, que trata do investimento. De acordo com o texto da Câmara, o investimento deve ser feito em educação pública e, pelo Senado, em educação.
fotos
Professores fecham o cerco e cobram mais investimentos em educação no município de Itaetê | FOTO: Divulgação |
Outras questões reivindicadas pelos professores são: a Meta 21, acrescentada pelo Senado, para ampliar a produção científica brasileira; destinação de 10% do PIB para a educação pública. O PNE prevê a tal destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) para a educação – atualmente são investidos no setor 5,7% do PIB brasileiro. Para que a medida entre em vigor é necessária a aprovação pela Câmara dos Deputados.
“Somos também contra a proposta dos governadores de reajustar o piso com base no INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor], o Sindismi repudia a ideia dos governantes que querem o reajuste do piso nacional dos professores da educação básica, apenas pelo índice da inflação”, declara Claudionor Ribeiro, um dos diretores do Sindismi, que ainda informou que o sindicato tem dificuldades em sentar com o Poder Executivo de Itaetê para discutir e negociar.
“Já procuramos a secretária municipal de Educação, Gardenia Nascimento, e ficamos indignados com o descaso, esperamos horas para falar com a secretária”, completa o diretor financeiro do Sindismi. A paralisação no município de Itaetê contou com a adesão dos profissionais que atuam na zona rural, havendo, por exemplo, uma passeata também no distrito de Rumo. “Na oportunidade, queremos agradecer a todos que aderiram à greve nacional e dizer que nossa luta é justa, mas, só venceremos unidos”, finaliza a presidente do Sindismi, Odalva Alves Pedreira.
Confira galeria de imagens:

0 comentários:

OUÇA NOSSA RÁDIO !

BREVE HISTÓRIA DE BAIXA GRANDE

CLIQUE NO TÍTULO OU NA IMAGEM

Micareta de Baixa Grande-2015

Bloco- As Poderosas

O urso na Micareta de Baixa Grande

Baile à Fantasias-Micareta-2015

PREPARE-SE !

Arquivo do blog

VISITE DAMOTTA NEWS

 

Zero Hora

Últimas notícias

Carregando...