São Paulo - Um asteroide de aproximadamemte 500 metros de diâmetro deve passar “raspando” na Terra no próximo dia 26 de janeiro, segundo informações da agência espacial americana, a Nasa.
Esta será a primeira vez, em 200 anos, que um asteroide de grandes proporções estará tão próximo do planeta. Só em 2027 um outro corpo celeste (o 1999 AN10) deve passar perto da Terra, estima a agência. 
Os astrônomos da Nasa descartam, contudo, a possibilidade de colisão. O órgão estima que, no máximo, ele ficará a 1,2 milhão de quilômetros da órbita terrestre. Isso é equivalente a três vezes a distância da Lua. Veja a trajetória que ele deve fazer
A Nasa irá aproveitar o fenômeno para tentar analisar a estrutura do corpo celeste.
 O fenômeno poderá ser visto no Hemisfério Norte com binóculos potentes ou pequenos telescópios. Por enquanto, a trajetória do 2004 BL86 (como ele foi batizado) já pode ser acompanhada por astrônomos no hemisfério sul.


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Esses asteroides podem ter anéis, caudas e até uma montanha com quase três vezes o tamanho do Everest. Confira algumas curiosidades que surpreendem astronômos

Asteroide com anéis

São Paulo - Um grupo de pesquisadores brasileiros descobriu a existência de anéis em volta de um distante asteroide chamado Chariklo, em nosso Sistema Solar.
Segundo nota divulgada pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), ainda não se sabe a origem dos dois anéis – batizados de Oiapoque e Chuí – que cercam o asteroide, mas podem ser “resultado de uma colisão que criou um disco de detritos”.
O asteroide que tem menos de 260 quilômetros de diâmetro é o maior corpo dentro do Cinturão de Centauros e orbita o Sol entre Saturno e Urano.
A dupla de anéis que o envolve fica a 19 quilômetros de distância do próprio asteroide, e são separados entre si por um vão de 8 quilômetros.
O asteroide 1998 QE2 tem sua própria lua
Lua própria
Cientistas da NASA, a agência espacial americana, já descobriram que o asteroide 1998 QE2 tem sua própria lua.
O asteroide tem 2,7 quilômetros de diâmetro, enquanto seu satélite tem 600 metros de diâmetro.
Imagens feitas pelo Observatório Goldstone, localizado no Deserto de Mojave, na Califórnia (EUA), revelam que esse asteroide faz parte de um sistema binário, ou seja, formado por dois objetos que se orbitam mutuamente.
Jatos de vapor d'água

Jatos de vapor d'água

Ceres, o maior asteroide do Sistema Solar, emite jatos de vapor d’água. A descoberta foi feita com dados obtidos pelo telescópio Herschel, da Agência Espacial Europeia (ESA), e divulgada pela revista científica Nature.
As imagens do Herschel exibem dois jatos de vapor surgindo de faces opostas do asteroide. Observações anteriores já tinham detectado uma fina camada de vapor d’água em torno de Ceres.
Cometa com múltiplas caudas é visto em imagem feita pelo telescópio Hubble

Seis caudas

O asteroide P/2013 P5 espantou os astrônomos ao se comportar como um cometa com seis caudas de poeira durante observações feitas por telescópios.
Os cometas são bolas de gelo sujo que vagam pelo espaço, caracterizados por uma "cauda" de gás e pó fora do núcleo de gelo em seu rastro.
Quando os cometas se aproximam do Sol, o gelo começa a aquecer e forma uma nuvem de poeira ao redor do núcleo.
A radiação solar, então, empurra essa poeira formando uma serpentina no rastro do cometa.
Diferente de um cometa, este asteroide é composto de rocha. É improvável que tenha gelo para ferver e formar uma cauda de cometa.
Além de ter uma cauda, o asteroide está em constante transformação.
Asteroide com água

Asteroide com água

Um grupo de cientistas descobriu os restos de um asteroide rico em água fora do sistema solar.
O asteroide, que pode ter sido um planeta anão, se formou com 26% de água.
Em comparação, a Terra é muito seca, pois a água representa apenas 0,02% de sua massa.
Até então os cientistas nunca tinham encontrado água em um corpo rochoso fora do nosso sistema solar, um elementos-chave para que um planeta seja habitável.
Portanto, este é um indício de que a vida poderia ser possível em outros planetas.

O asteroide gigante Vesta possui uma montanha com quase três vezes o tamanho do monte Everest

Montanha

O asteroide gigante Vesta possui uma montanha com quase três vezes o tamanho do monte Everest.
No polo sul do corpo, o morro alcança mais de 22 quilômetros acima da superfície média ao seu redor.
Com 530 quilômetros de diâmetro, o Vesta é o segundo maior objeto do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter e, acredita-se, é a fonte de muitos meteoritos que caem na Terra.
Para efeito de comparação, a Lua possui 3.478 quilômetros de diâmetro.
O asteroide Itokawa tem o curioso formato de um amendoim, é composto de duas partes com densidades diferentes

Amendoim

O asteroide Itokawa tem o curioso formato de um amendoim, é composto de duas partes com densidades diferentes.
Além da aparência, astrônomos no Chile conseguiram evidências sobre a sua variada estrutura interna, um feito que ajudará a compreender os corpos rochosos do sistema solar e reduzir o risco de colisões com a Terra.
A visão do interior do asteroide gerou muita especulação quanto à sua formação.
Há a hipótese de que o asteroide tenha se formado a partir de dois componentes de um asteroide duplo, depois que eles se chocaram e se fundiram.
A estrutura Richat, conhecida como Olho da África ou Olho do SaaraDivulgação/ESA/NASA

Talita Abrantes