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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Retrospectiva NT: Relembre os fatos que marcaram a TV brasileira em 2014






A Copa do Mundo realizada no Brasil, a mais disputada e acalorada eleição presidencial no país desde a redemocratização, denúncias de corrupção em várias esferas políticas e na Petrobras e a estagnação da economia foram alguns dos fatos que marcaram o Brasil em 2014 e tiveram relação direta na nossa telinha.

Com o orçamento mais apertado, as emissoras reduziram investimentos e cortaram gastos, em um cenário que deve se repetir em 2015. Mesmo assim, alguns programas novos foram lançados e contratações realizadas. O público também se despediu de grandes nomes da TV brasileira, como José Wilker e Luciano do Valle.

Confira agora mais uma edição da tradicional Retrospectiva NT, com o que de mais marcante aconteceu na TV em 2014.

Janeiro

No dia 14 de janeiro estreava a 14ª edição do “Big Brother Brasil”. Com 20 participantes, o programa mais uma vez teve uma temporada apagada. A vencedora foi Vanessa Mesquita, com 53% dos votos. Ainda na Globo, estreavam os seriados “Doce de Mãe” e “Amores Roubados”. No “Vale a Pena Ver de Novo”, “Caras & Bocas” substituía “O Cravo e a Rosa”.

Já a TV Cultura comemorou em janeiro o resultado de uma pesquisa encomendada pela britânica BBC. O Instituto Populus apontou que o canal público da Fundação Padre Anchieta é o segundo de maior qualidade do mundo, atrás apenas da BBC.

Chegava ao fim no dia 25 de janeiro o programa “TV Xuxa”. A atração foi encerrada pois, além da baixa audiência, a apresentadora precisou se afastar da telinha para tratar de um grave problema no pé esquerdo. Xuxa passaria o ano sem trabalhos na TV. Para substituí-la, a Globo criou a sessão de filmes “Cine Fã-clube”.

Na Record, o destaque em janeiro ficou por conta da série bíblica “Milagres de Jesus”. No SBT, era anunciado o fim dos programas “Gabi Quase Proibida” e “Supernanny” e estreava o seriado juvenil “Patrulha Salvadora” aos sábados. A trama, com os personagens infantis de “Carrossel”, não repetiu o mesmo sucesso das novelas infantis do SBT. Já a RedeTV! anunciava a transferência do “Morning Show” para os fins de tarde.

Ainda em janeiro, a Band começou a exibir o reality “Quem Quer Casar com Meu Filho?”, comandado por Adriane Galisteu. Com baixa audiência, o programa foi o último trabalho de Galisteu na TV aberta. Outra estreia da Band foi o “Sabe ou Não Sabe”, de André Vasco. O programa registrou bons índices nas tardes da emissora. No entanto, o formato acabou se desgastando com o excesso de exibição e não continuará em 2015.

Já na TV paga, foi lançado o canal Fox Sports 2. Mais uma vez, o grupo Fox enfrentou dificuldades para incluir o canal nas principais operadoras do país. Entre os novos profissionais contratados pelo canal esportivo estavam Mauro Beting, Fábio Sormani e Oswaldo Paschoal.

Fevereiro
O mês de fevereiro foi bastante intenso no jornalismo. No dia 10, o repórter cinematográfico da Band, Santiago Andrade, faleceu após ser ferido na cabeça por um artefato, durante a cobertura de um protesto na Central do Brasil, no Rio, quatro dias antes. O caso ganhou grande cobertura dos telejornais. No mesmo mês, Globo, Band e Record transmitiram as Olímpiadas de Inverno em Sochi, na Rússia.

A Globo também modificou sua grade, invertendo o “Vale a Pena Ver de Novo” com a “Sessão da Tarde”. A medida não mudou o panorama de audiência da faixa vespertina. A emissora também estreou em fevereiro a novela “Em Família”, no lugar de “Amor à Vida”. O último folhetim de Manoel Carlos derrubou os índices da antecessora e tornou-se a pior audiência da principal faixa de novelas da Globo. Por diversas vezes, a trama não alcançou 30 pontos de audiência, índice considerado baixo para o horário.
No SBT, a aposta de Silvio Santos em fevereiro foi no telebarraco dublado “Caso Encerrado”, da Telemundo. O programa ocupou a faixa das 18h30. Com o fracasso de audiência, sua exibição durou apenas duas semanas. Mesmo assim, o SBT tentou emplacar a atração em outros horários, como as tardes e as noites de sábado, mas sem obter êxito.

Enquanto isso, o “Vídeo Show” sob o comando de Zeca Camargo continuou amargando baixa audiência. Com derrotas sucessivas para a Record, a atração sofreu várias modificações durante o ano e Zeca foi perdendo espaço para Otaviano Costa. Insatisfeita com o rumo do programa, meses depois a Globo anunciou a mudança na direção da atração. Sai Ricardo Waddington e volta Boninho. Entre as medidas que serão anunciadas para o próximo ano está a volta de Miguel Falabella ao programa.

Outra atração que teve um ano fraco foi o “Pânico na Band”, que estreou a temporada 2014 em meados de fevereiro. Com menos repercussão em relação às temporadas anteriores, o humorístico viu sua audiência despencar em 2014 e se estabilizar na casa dos cinco pontos. Enquanto isso, Otávio Mesquita assinava contrato com o SBT e Luiz Bacci estreava no “Balanço Geral” no lugar de Geraldo Luís.

Março
Neste ano, o carnaval caiu em março e mais uma vez a folia de momo teve seu espaço reservado na TV. Enquanto a Globo optou por transmitir os desfiles das escolas de samba do Rio e de São Paulo, que tiveram como vencedoras a Unidos da Tijuca e a Mocidade Alegre, Band e SBT optaram por veicular o carnaval de Salvador e Recife, enquanto a RedeTV! buscou mostrar ao público os flagras dos bastidores do carnaval.

Março foi marcado pela estreia de Danilo Gentili no SBT no comando do “The Noite”, após sua saída da Band. Apostando no humor aliado às entrevistas, o talk show foi um acerto nas noites do SBT e tem vencido em algumas ocasiões o “Programa do Jô”. O mesmo não pode ser dito do “Arena SBT”, programa esportivo que não emplacou e foi encerrado com apenas quatro meses.

Já a Band precisou reestruturar o “Agora é Tarde” com a saída de Gentili. O nome escolhido para substituí-lo foi Rafinha Bastos, que conseguiu imprimir seu tom ao programa. No mesmo período, o “CQC” estreou mais uma temporada, a mais apagada desde a estreia. Na Gazeta, foi lançado seu novo logotipo, com o objetivo de deixar a emissora ainda mais com a cara de São Paulo, e os novos programas “Mochileiro” e “Eu Nunca” foram apresentados ao público.

No mesmo mês, estreava o novo programa dominical da Record, o “Domingo Show”. Apostando em pautas e convidados polêmicos, o programa de Geraldo Luís elevou os índices da emissora, derrotando com facilidade o “Domingo Legal” e liderando por algumas vezes. Já o SBT resolveu cancelar a exibição de “Chaves” no horário das 18h para apostar em reprises de seu acervo. Era relançado em março, o programa “Quem não viu vai ver”. Dos programas exibidos, o destaque foi “Ô Coitado”. Animada com os resultados, a emissora chegou a planejar a produção de novos episódios do humorístico. No entanto, o projeto foi arquivado. Após a exibição de “Meu Cunhado” na faixa, o SBT desistiu de reprisar programas antigos e voltou a veicular “Chaves”.
  
Já o “Domingão do Faustão”, que completou 25 anos no ar, realizou a 18ª edição do prêmio “Melhores do Ano”, que teve como maior vencedor o folhetim “Amor à Vida”. No dia internacional da mulher, a Globo inovou e colocou apenas mulheres para apresentarem seus telejornais. Assim, pela primeira vez na história, o “Jornal Nacional” foi apresentado por uma dupla feminina. Sandra Annemberg e Patrícia Poeta foram as pioneiras.

No SBT, era anunciada a contratação do jornalista Kennedy Alencar e uma nova parceria de exclusividade da emissora com a mexicana Televisa para coprodução de novelas até o ano de 2019. Já Claudete Troiano voltava a apresentar um programa feminino, desta vez na TV Aparecida.

Abril
Como é tradição, o mês de abril é marcado por muitas estreias na TV brasileira. Na Globo, chegava ao fim “Joia Rara”. Com baixa audiência, mas elogiada pela crítica, a trama faturaria em novembro o prêmio “Emmy Internacional” de melhor telenovela. O folhetim seria substituído por “Meu Pedacinho de Chão”, de Benedito Ruy Barbosa, que não conseguiu elevar os índices. Entretanto, a qualidade técnica e de texto e a direção ousada de Luiz Fernando Carvalho conquistariam a crítica.

Além da novela, outras estreias na Globo foram o seriado “O Caçador”, o humorístico “Tá no Ar: A TV na TV”, as novas temporadas de “A Grande Família” e “Tapas e Beijos”, além da reformulação do “Fantástico”. A revista dominical passou a exibir entrevistas em um novo cenário, os bastidores das pautas e mais quadros de entretenimento. Com a baixa audiência, o formato foi sendo modificado com o tempo, voltando a privilegiar o jornalismo e as pautas investigativas, o que deu novo fôlego ao programa.
Destaque também para a estreia do reality musical “SuperStar” aos domingos. Apesar da baixa audiência e das frequentes derrotas para Silvio Santos, o programa foi bastante elogiado e teve como vencedora a banda Malta, que lançou seu CD em setembro.

Na Record, Sabrina Sato estreava o “Programa da Sabrina” aos sábados. Já aos domingos, para elevar os índices da Record, “O Melhor do Brasil” foi reformulado e ganhou novo nome: “Hora do Faro”. Também ia ao ar o “Repórter Record Investigação”, sob o comando de Domingos Meirelles. Já Roberto Justus estreava mais uma temporada de “Aprendiz”, desta vez com celebridades. No entanto, nem o formato com famosos elevou a audiência do reality, derrotado pelo SBT com facilidade. O programa foi vencido pela ex-jogadora de vôlei, Ana Moser.

No SBT, as novidades foram a estreia de “Okay Pessoal”, uma segunda edição do “Roda Roda”, desta vez no horário nobre de quarta-feira, e a exibição de mais um “Troféu Imprensa”.

No mesmo mês, dentro da TV Globo, Antônio Fagundes e um grupo de atores lançavam o Movimento dos Artistas Unidos. O grupo foi criado para exigir melhores condições de trabalho. Entre os anseios dos contratados da emissora estão maiores cachês para participação em outros programas da casa e aumento da remuneração paga aos atores que estão no ar em tramas exibidas pelo canal Viva e comercializadas para o exterior.

Já na TV paga, Silvio Luiz recebeu o convite para narrar partidas da Copa do Mundo pelo Fox Sports. No entanto, a RedeTV! vetou sua participação no canal.

Maio
A transferência do jornalista Luiz Bacci da Record para a Band movimentou o mês de maio. O apresentador, com a promessa de ter um programa de auditório na Band, aceitou a proposta e deixou o comando do “Balanço Geral”. Com a decisão, coube a Reinaldo Gottino assumir o jornalístico.

Outra baixa na Record em maio foi a saída da jornalista Fabiana Scaranzi. Já na Band, Luciano Faccioli deixava a emissora e semanas depois acertava com a TV Jornal, afiliada do SBT em Recife (PE). No lugar do “Primeiro Jornal”, estreava o “Café com Jornal”. Comandado por Aline Midlej e Luiz Megale e elogiado pela crítica, o telejornal não emplacou em audiência.

Ainda em maio, estreou na Record o programa “Me Leva Contigo”, sob o comando de Rafael Cortez. O game de namoros não deu certo e se tornou um dos maiores fracassos do ano, sendo encerrado em agosto. Já a RedeTV! anunciou a contratação de Alexandre Raposo, ex-presidente da Record. Na emissora, ele passou a ocupar a função de vice-presidente institucional.

O ator e comediante Luiz Fernando Guimarães foi dispensado pela TV Globo, após 35 anos de casa. A partir de 2014, tanto Globo quanto Record passaram a adotar a postura de contratar atores por obra e não mais por contratos de longa duração.

Ainda em maio, Carlos Nascimento voltou à TV, após o início do tratamento contra um câncer. Primeiramente, ele substituiu Joseval Peixoto durante as férias no “SBT Brasil”. No mês seguinte, passou a revezar com Joseval a apresentação do telejornal. Na Globo, chegava ao fim a novela das sete “Além do Horizonte” com a pior audiência do horário. Sua sucessora “Geração Brasil” era lançada com uma das grandes apostas da emissora, no entanto, não rendeu o esperado.

Junho
A expectativa para a Copa do Mundo, os atrasos nas obras e os primeiros jogos do torneio foram a tônica do jornalismo no mês de junho. Quem se destacou durante a cobertura do mundial foi a repórter Fernanda Gentil, que passou a ganhar maior espaço no jornalismo esportivo da emissora desde o término do mundial.

Devido ao torneio, várias alterações foram realizadas na grade da Globo. A mais sentida pelo público foi na faixa das 19h. A trama “Geração Brasil”, por duas semanas, foi reduzida para apenas três minutos por dia, além de cenas extras disponibilizadas na internet.
O mês foi bastante agitado na Record. Gugu Liberato, afastado da TV desde 2013, decidiu voltar à emissora em formato de parceria. Seu programa, previsto para fevereiro de 2015, será exibido em três dias da semana no horário nobre e terá direção de Vildomar Batista. A produção ficará por conta da produtora de Gugu e os custos e os lucros serão divididos entre ele e a Record.

Ainda na emissora, a autora Gisele Joras foi dispensada e Marcelo Rezende teve seu contrato renovado até 2020. A novidade na grade foi a novela “Vitória”, que não conseguiu elevar os índices deixados por “Pecado Mortal”. Logo no começo, a trama enfrentou problemas. Dado Dolabella foi demitido após causar confusão nos bastidores e teve suas cenas reduzidas.
No mesmo mês, a TV Cultura completou 45 anos no ar. Já a CNT arrendou 22h de sua programação diária para a Igreja Universal. Com a decisão, quase todos os seus programas foram extintos e suas equipes dispensadas. Entre os profissionais demitidos estava Leão Lobo, que acertaria seu retorno à telinha, meses depois, pela Gazeta.

Na RedeTV!, estreava o humorístico “Encrenca”. Já no SBT, era lançada a revista “Notícias da Manhã” sob o comando de César Filho. Na TV por assinatura, destaque para o SporTV que transmitiu 24h de programação ao vivo diária durante a Copa, com a inclusão dos programas “Seleção SporTV”, “Madruga SporTV e “Extra Ordinários”. O bom desempenho da grade, levou a emissora esportiva a efetivar o “Extra Ordinários” após a Copa.

Julho

O mês de julho marcou a reta final da Copa do Mundo no Brasil. Mas sem dúvida o desastre da seleção canarinho, comandada por Felipão, foi o assunto mais comentado do mês. Após a derrota de 7 a 1 frente à Alemanha, o fraco desempenho de nossa seleção virou assuntos nos principais programas esportivos e jornalísticos. O desastre só não foi maior, pois nossos maiores rivais, os argentinos, perderam para a Alemanha na grande final no Maracanã.

A teledramaturgia da Globo teve três estreias no mês de julho. Começaram a ser exibidas a nova temporada de “Malhação”, o remake de “O Rebu”, na faixa das 23h, e a nova novela das 21h, “Império”.

“O Rebu” teve como destaque sua fotografia, no entanto, a trama não agradou o público e apresentou o pior resultado da faixa. Já “Império” foi o grande acerto da emissora no ano. A trama de Aguinaldo Silva conseguiu reverter a tendência de queda de audiência da faixa, deixada pela antecessora “Em Família”.

Julho também teve novidades nas tardes. O SBT apostou mais uma vez na reprise da versão brasileira de “Esmeralda”. A trama agradou novamente e passou a dar trabalho à TV Globo. Além dela, as novelas mexicanas “Meu Pecado” e “Sortilégio” também renderam bons índices para o canal.

Já a Globo não obteve êxito com sua reprise. Em julho, voltava ao ar “Cobras & Lagartos” no lugar de “Caras & Bocas”. No entanto, a trama não conseguiu atingir a meta da emissora de ampliar os índices no horário. Por falar em novela, o SBT bateu o martelo em julho e definiu que “Cúmplices de um Resgate” será sua próxima adaptação. A trama deverá estrear no segundo semestre de 2015, substituindo “Chiquititas”. Já a Record começou a reexibir a minissérie “José do Egito” em pleno horário nobre.

Ainda em julho, a Globo modificou a forma de transmitir os treinos da Fórmula 1, devido à baixa audiência. A emissora optou por transmitir apenas os 15 minutos finais e decisivos do treino, ao invés da íntegra.

Também foi ao ar, após o “Fantástico”, a série “24 Horas – Um Novo Dia”. O seriado americano não agradou o público e foi constantemente derrotado pelo “Programa Silvio Santos” no horário. Na TV por assinatura, o Viva viu sua audiência crescer com as reprises de “A Viagem” e “A Turma do Didi”.

Já a ESPN optou por criar uma nova edição da mesa redonda “Linha de Passe”. Agora também às sextas-feiras, o programa passou a liderar a audiência entre os canais esportivos no horário.

Agosto
O mês de agosto foi marcado por uma tragédia que mudou os rumos da eleição presidencial. Morria no dia 13 em um desastre aéreo na cidade de Santos (SP) o candidato Eduardo Campos, do PSB. A morte do presidenciável, a cobertura do funeral, a escolha de Marina Silva como sua substituta à frente da chapa e as reviravoltas das pesquisas de intenção de voto foram os assuntos mais comentados nos telejornais. O mê s também foi marcado pelo início do horário político, que diminuiu a audiência na TV aberta e ampliou os índices dos canais pagos.

Ainda no jornalismo, a RedeTV! promoveu mudanças. Franz Vacek assumiu o comando do departamento jornalístico, no lugar de Américo Ribeiro. Já Luiz Bacci, recém-saído da TV Record, estreava o “Tá na Tela”, pela Band. O programa misturava entretenimento com informação, no entanto, por diversas vezes, investiu no sensacionalismo. Com problemas internos, a atração só durou cinco meses, já que foi cancelada para 2015. Ainda em agosto, José Luiz Datena envolveu-se em uma confusão com Milton Neves em um programa da rádio Bandeirantes e acabou sendo suspenso por dois dias do comando do “Brasil Urgente”.
No SBT, o destaque foi para a estreia de “Esse Artista Sou Eu”, sob o comando de Márcio Ballas. Na Record, o diretor Paulo Franco retornava à emissora, após passagens pela Fox e SBT. Desta vez, no cargo de superintendente artístico e de programação, ele terá a função de planejar atrações para os próximos anos e alavancar a audiência do canal.

Já na Globo, a principal novidade foi o lançamento da nova novela das seis, “Boogie Oogie”, que substituiu a elogiada “Meu Pedacinho de Chão”. Assim como a antecessora, “Boogie Oogie” encontra dificuldade para ultrapassar a marca dos 20 pontos de média.

Na TV paga, mais uma baixa na ESPN. O apresentador do “Bate Bola”, Rodrigo Rodrigues, deixou o canal e acertou com a TV Gazeta. Já o Discovery Kids comemorou os excelentes resultados alcançados e se tornou o canal pago mais visto do país, ultrapassando o concorrente Cartoon Network.

Setembro
O mês de setembro foi marcado pela estreia do reality “MasterChef” na Band. Sob o comando da jornalista Ana Paula Padrão, o programa foi bastante elogiado pela crítica e seu episódio final, exibido em dezembro, alcançou a expressiva marca de oito pontos em São Paulo. O sucesso levou a Band a planejar uma nova temporada para o próximo ano e a renovar o contrato dos três jurados.

Outra estreia do mês foi “A Fazenda 7” na Record. O programa foi vencido pelo músico DH, da banda Cine. A sétima temporada foi a mais apagada do reality e a de menor audiência.

Setembro também teve duas novidades na área musical. Na Globo, estreava mais uma temporada do reality “The Voice”, vencido pela dupla Danilo Reis e Rafael em uma final bastante criticada, enquanto o SBT levou ao ar a segunda temporada do “Festival Sertanejo”, sob o comando de Chitãozinho e Xororó.

Também foram apresentadas novidades em teledramaturgia durante o mês. No dia 19 de setembro, a Globo passou a exibir o seriado “Dupla Identidade”, escrito por Glória Perez. A trama gira em torno do serial killer, vivido por Bruno Gagliasso.

Já no dia 30, a Record estreou a minissérie “Plano Alto”, que narra a vida de três gerações de uma família envolvida com a política. Bastante elogiada pela crítica e renovada para uma segunda temporada, a trama não registrou bons índices de audiência.

A Globo definiu que o “Domingão do Faustão” a partir de 2015 terá todas suas edições produzidas em São Paulo. A emissora estreou a série “O Sexo e as Negas”, enquanto a clássica “A Grande Família” chegou ao fim após 14 anos.

O mês também marcou a volta de Jô Soares ao ar, após problemas de saúde que o afastaram do programa.

Na TV paga, destaque para a estreia de “Politicamente Incorreto”, programa protagonizado por Danilo Gentili no FX, e a decisão do canal Viva em exibir reprises do “Planeta Xuxa”. Já Tom Cavalcante anunciava seu retorno à TV, como contratado do Multishow.

Outubro
O mês foi marcado pela cobertura da eleição presidencial mais apertada da história do Brasil desde a redemocratização em 1989. Dilma Rousseff, do PT, foi reeleita com 51,6% dos votos. Como não poderia deixar de ser, as principais emissoras dedicaram sua programação jornalística para a cobertura dos dois turnos eleitorais. Destaque para a RedeTV!, que levou ao ar uma cobertura com oito horas ao vivo e links de diversas partes do país. Na TV por assinatura, a Globo News mais uma vez se destacou com a programação ao vivo desde os primeiros minutos de votação até a apuração dos últimos números.

Chegava ao fim no dia 31 de outubro a novela “Geração Brasil”, um dos maiores fracassos da TV Globo no ano. A trama das sete, escrita por Filipe Miguez e Izabel de Oliveira e que apostava em uma história tecnológica, fechou na casa dos 19 pontos, um dos piores índices no horário. Sua sucessora “Alto Astral” estrearia três dias depois, apresentando tímido crescimento de audiência.

Com contrato próximo do fim, Celso Portiolli renovou o acordo com o SBT por mais três anos. Ainda na emissora de Silvio Santos, estreava o reality “Cozinha sob Pressão”. Enquanto isso, a Band, que deixou de exibir a Copa do Brasil em 2014, anunciava a aquisição do torneio para próximo ano.

Já na TV paga, a jornalista Mariana Godoy anunciou o seu desligamento da Globo News. Algumas semanas depois, ela acertaria contrato com a RedeTV!. Na Fox, estreava o programa “Porta dos Fundos”. Já os palhaços Patati e Patatá, ex-SBT, foram anunciados pelo canal Discovery Kids e apresentarão um programa na emissora no próximo ano.

Novembro
Mês movimentado na Globo. No início de novembro, a emissora promoveu mudanças em seu jornalismo, com a saída de Patrícia Poeta do “Jornal Nacional”. Com isso, Renata Vasconcellos assumiu a vaga. Para seu lugar no “Fantástico”, foi escolhida a repórter Poliana Abritta. Já a edição do “Globo Rural” de segunda a sexta foi extinta no final do mês. Enquanto isso, o programa “Esquenta!” passou a contar com edições ao vivo, numa tentativa de frear os bons resultados do concorrente “Domingo Show”. A emissora também comunicou o fim da “TV Globinho” para 2015.
Ainda em novembro, a Record anunciou a contratação de César Filho. Com isso, o jornalista foi substituído por Neila Medeiros no “Notícias da Manhã” no SBT. Nos dias 06 e 07 de novembro, a emissora levou ao ar mais uma edição da maratona “Teleton”, em prol da AACD. O programa contou com a participação de vários artistas da música, da TV e do jornalismo. Mais uma vez a meta foi superada e a arrecadação total ultrapassou os R$ 30 milhões. O encerramento da maratona ficou a cargo de Silvio Santos, Patrícia e Tiago Abravanel.

A crise econômica apresentou reflexos na TV. A Record deu início a um processo de reestruturação. A previsão é de que programas como “Domingo Show”, “Legendários” e “Hora do Faro” tenham suas equipes reduzidas. As revistas eletrônicas “Hoje em Dia” e “Programa da Tarde” tiveram suas equipes enxugadas nos dois últimos meses do ano.

Problemas também na Fundação Padre Anchieta, com o atraso de salários na TV Cultura, que anunciou cortes para o próximo ano. A previsão é de que o orçamento de 2015 da emissora seja 20% inferior ao de 2014. Mesmo assim, a Fundação aproveitou novembro para lançar um canal de conteúdo educacional, o Multicultura Educação. Já a RedeTV! completou 15 anos no ar e a principal novidade foi o reality “The Bachelor”.
Na TV paga, uma notícia surpreendeu a todos. O canal Esporte Interativo, apoiado pela sócia Turner, levou a melhor e passará a transmitir a partir de 2015 a Liga dos Campeões da Europa, exibida até este ano pela ESPN. A baixa na emissora fica por conta do Mundial de Handebol que, em sua próxima edição, será veiculado pelo SporTV. Já o canal Viva apostou na exibição de uma nova versão do clássico “Globo de Ouro”. Misturando sucessos do passado e do presente, algumas performances da atração decepcionaram o público.

Dezembro

Como é tradição, o mês de dezembro foi marcado pelos programas especiais. Na Globo, mais uma vez o destaque foi para o show de Roberto Carlos. Além disso, a rede carioca apostou nos musicais “Sintonize” e “Sai do Chão”, além do especial de Renato Aragão.

Na Record, o tradicional amigo oculto do “Hoje em Dia” foi transformado em especial e levado ar em horário nobre, sob o nome de “Família Record”. No entanto, o destaque da emissora no fim de ano ficou por conta do seriado “Conselho Tutelar”, que ganhará nova temporada em 2015. Já o SBT exibiu “É Natal, Mallandro!” e "Pousada do Ratinho", enquanto na Band o destaque foi a final do bem sucedido reality “MasterChef”.
Ainda na emissora do Morumbi, foi anunciado o cancelamento dos programas “Tá na Tela”, “Polícia 24h”, “Sabe ou Não Sabe” e “Zoo”. Fontes do mercado estimam que pelo menos 100 profissionais devam ser demitidos do canal. Já o “CQC” será repaginado em 2015. Com isso, o último programa do ano marcou as despedidas de Marcelo Tas, Dani Calabresa, Felipe Andreoli, Oscar Filho, Guga Noblat e Ronald Rios.

O ator Dan Stulbach ocupará o lugar de Tas na bancada na próxima temporada, enquanto Rafinha Bastos ficará na cadeira que era de Calabresa. Outra novidade é a volta de Rafael Cortez ao “CQC” em 2015.

Já o “Hoje em Dia” será reformulado. Com isso, a Record anunciou em dezembro que o matinal passará a ser comandado por Ana Hickmann, Renata Alves e César Filho.

Na Globo, um imprevisto ocorreu na novela “Império”. A atriz Drica Moraes, intérprete da vilã Cora, precisou deixar a trama por problemas de saúde. A solução encontrada por Aguinaldo Silva foi substituí-la por Marjorie Estiano, que havia vivido a personagem ainda jovem nos primeiros capítulos da trama.

No jornalismo, a novidade ficou por conta do lançamento do telejornal “Hora Um” na faixa das 5h. Enquanto isso, na TV por assinatura, o conceituado comentarista Paulo Vinícius Coelho, o PVC, anunciou seu desligamento da ESPN. A partir de janeiro, ele passará a integrar a equipe do Fox Sports.

Mas o que mais movimentou a TV brasileira no último mês de 2014 foi o futuro profissional da apresentadora Xuxa Meneghel. Insatisfeita na Globo, a rainha dos baixinhos passou a negociar sua transferência para a TV Record. A notícia virou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. Em meio às negociações, o SBT também demonstrou interesse. A possível mudança de Xuxa acabou se transformando em uma novela, que deverá ter seu final definido no começo de 2015.

Adeus

O ano de 2014 foi repleto de perdas para a televisão brasileira. O jornalismo esportivo perdeu um de seus principais nomes.
O narrador Luciano do Valle faleceu no dia 19 de abril, enquanto viajava para Uberlândia (MG) a trabalho, vítima de infarto. Luciano teve passagens pela Globo, Record e Band. Mas foi na Band que se notabilizou ao transformar a emissora paulista no ‘canal do esporte’ nos anos 80 e 90. O narrador foi pioneiro ao trazer para TV aberta esportes ainda desconhecidos do grande público, como vôlei, basquete, sinuca e boxe, ajudando a revelar nomes como Hortência, Paula e Maguila. Também foi pioneiro ao trazer para a TV brasileira a liga de futebol americano (NFL) e o principal torneio de basquete do mundo, a NBA.

Na área de teledramaturgia, perdemos o ator Paulo Goulart no dia 13 de março, vítima de um câncer. Casado com a atriz Nicette Bruno, Goulart participou de novelas desde a década de 50 e teve passagens por várias emissoras como Tupi, Excelsior, Record, Bandeirantes e Globo. Na emissora carioca, esteve em várias tramas de sucesso como “Plumas e Paetês”, “Mulheres de Areia” e “Ti Ti Ti”. Seu último trabalho foi em um episódio de “Louco Por Elas”.
Já no dia 5 de abril, nos despedimos do ator, diretor e crítico de cinema José Wilker. Com mais de 40 anos de carreira, o ator interpretou alguns personagens inesquecíveis, como Roque Santeiro, de “Roque Santeiro” e Giovanni Improtta, de “Senhora do Destino”. Seu último papel foi Herbert em “Amor à Vida” em 2013. Wilker foi vítima de um infarto fulminante, enquanto dormia.

Outro ator de extensa carreira se despediu do público em 2014. Faleceu no dia 04 de outubro o ator e diretor de cinema Hugo Carvana. Com mais de 40 anos de carreira, acumulou trabalhos importantes na TV e no cinema. Na Rede Globo, esteve nas novelas “O Dono do Mundo”, “Fera Ferida”, “Paraíso Tropical” e “Celebridade”, onde viveu um de seus principais personagens, Lineu Vasconcelos. No cinema, dirigiu importantes longas, como “Vai trabalhar vagabundo” e “Casa da Mãe Joana 2”. Carvana faleceu aos 77 anos vítima de câncer de pulmão.
No cenário musical, perdemos o irreverente e talentoso cantor Jair Rodrigues. O músico veio a falecer no dia 8 de maio em decorrência de um infarto. Com 50 anos de profissão, a carreira de Jair Rodrigues engatou na década de 60, quando venceu o “Festival da Canção”, ao interpretar a música “Disparada”. Na mesma década, apresentou o programa “Fino da Bossa”, ao lado de Elis Regina na TV Record.

Já no dia 28 de novembro, os fãs dos seriados mexicanos “Chaves” e “Chapolin” perderam o protagonista e idealizador das séries. Morria em Cancún, no México, o comediante Roberto Gomez Bolaños, o Chespirito. Bolaños foi vítima de parada cardíaca. Nos últimos anos, Chespirito já tinha se afastado da TV, devido a problemas de saúde. O comediante era casado com Florinda Meza, que vivia Dona Florinda em “Chaves”. Sucesso em toda a América Latina, Bolaños ganhou homenagens em todo o continente. No Brasil, os fãs puderam se despedir dele em uma exposição, montada pelo SBT, no Memorial da América Latina, em São Paulo.

Além deles, outros artistas, escritores e profissionais de TV faleceram em 2014. Foram os casos de James Avery, Marly Marley, Virgínia Lane, Santiago Andrade, Jamie Coots, Gugu Olimecha, Celmira Luzardo, Canarinho, Mãe Dinah, Paulo Carvalho, Manoelita Lustosa, Maurício Torres, Max Nunes, Osmar de Oliveira, Fausto Fanti, Robin Willians, Joan Rivers, Michael Laurence, Marialise Tartarine, Roberto Porto, Lucy Mafra, Ivan Junqueira, João Ubaldo Ribeiro, Rubem Alves, Gabriel José Garcia Márquez e Ariano Suassuna.

NaTelinha

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